domingo, 30 de dezembro de 2012

Voltando as páginas...



Comecei o ano salvando e cuidando de vidas, isso foi revigorante.
Conheci a cidade mais incrível do Brasil, e quase que não volto de lá.
Me despedi de uma das pessoas mais importantes da minha vida e depois descobri que a perda é a forma mais cruel e mais prática de aprendermos a amar como se não houvesse amanhã.
Ganhei uma festa surpresa. Chorei. Mas continuo odiando meu aniversário.
Percebi que o amor doí e que um sorriso e salto alto curam , curam tão bem que cá estou eu amando novamente.
Perdi alguns amigos, deixei de sorrir algumas vezes.
Levei vários tombos, e isso não é uma metáfora. Cara, como hematomas doem!
Mudei de emprego, agora quero mudar de cidade.
Vi o Corinthians ganhar a Libertadores, já deu pra sentir como será o "fim do mundo".
Descobri que S é de simpatizante.
Conheci pessoas incríveis, algumas eu cativei, outras nem me notaram.
Percebi que gosto de estar reclusa comigo mesma.
Comprei mais livros do que roupas.
Firmei minha opinião, não fui bem aceita, mas me aceitei por completa.
Aprendi fazer omelete e sei que não precisa de muito óleo para isso.
Descobri da forma mais inesperada possível que o amor não obedece regras, ele as inventa.
Fiz um projeto de mestrado, mas o inglês...ah seu infeliz!
Magoei pessoas e pedi perdão.
Comprei um chinelo caro e contei as moedinhas pra pagar o busão.
Parei de assistir TV. 
Tem coisas que não mudam, ainda não sei dirigir, dançar não é comigo, continuo detestando pagode, não aprendi mentir direito e definitivamente ainda odeio que gritem comigo.
Mas uma coisa mudou...não me economizo mais...me entrego toda à minha felicidade!


domingo, 14 de outubro de 2012

Medos soltos

Ouço o vento lá fora, mas isso não importa.
Eu nunca acreditei no que me foi ensinado. Por que acreditaria em pecados?
Eu acredito  na inteligência, mas a deixei de lado quando me entreguei ao seu olhar.
Sei que o tempo anda difícil e eu já sabia das suas regras. 
E eu tenho tanto medo.
Seu cabelo perfumado, seu olhar todo mansinho, seu jeito de amar.
Eu penso agora em desistir, mas na verdade o que é meu?
Minhas promessas eu não cumpro. 
Eu sei que é difícil te beijar bem devagarinho.
E eu tenho tanto medo.
Eu nego o sentimento, só aceito a liberdade, mas me prendi tanto a você.
Eu não quero te perder, mas o que é que foi me dado?
Estou perdendo o controle e  isso não é bom.
Eu quero grudar em você. 
O raciocínio me foge às mãos. O que está acontecendo?
Os livros não me devoram.
E eu tenho tanto medo.
Será que paixão? Daquelas que deixam os jovens chorosos.
E se for amor? Que transforma o mais sábio em tolo.
Devaneios!
Ainda sinto suas mãos em mim. 
Eu não queria encontrar, mas te achei em mim.
A certeza do que sou você roubou, mesmo sem saber.
Se ao menos eu pudesse chorar, mas já não sei o que posso eu.
Será que nada vai mudar entre nós?
E eu tenho tanto medo.
Não me leve a mal, você jurou não me abandonar, lembra?
Garçom: uma vodka sem gelo, por favor.